A espera foi longa para os fãs de metal que acompanharam a trajetória da Dethklok, a banda fictícia mais poderosa do planeta. Após uma década de silêncio, a banda que uma vez dominou não apenas a cena do death metal, mas também a economia global, volta com o filme "Army of the Doomstar", dando fim à saga Metalocalypse.
Se a última vez que vimos Dethklok foi na ópera rock de 2013, "The Doomstar Requiem", o novo filme dá continuidade à narrativa de forma espetacular e catártica. Dando sequência aos eventos anteriores, a banda, recém-reunida, anuncia uma nova turnê e um álbum. No entanto, tudo muda quando Nathan Explosion, o vocalista, entra em colapso emocional. O resultado? A turnê e o álbum são cancelados, e o mundo entra em um turbilhão econômico.
Mas o que mais impressiona no "Army of the Doomstar" é a mudança tonal da saga. O humor irônico e goofball que marcava a série original dá lugar a uma abordagem mais épica, lembrando filmes como o "Heavy Metal" de 1981. Além disso, a qualidade da animação é espetacularmente superior, mergulhando o espectador em uma fervilhante mistura de imagens impressionantes e escuridão psicodélica que certamente fará os fãs de metal vibrarem.
No entanto, nem tudo é perfeito. A concentração da narrativa em Nathan Explosion coloca muitos dos personagens adorados da série em segundo plano. Não vemos muito da interação da banda, nem dos momentos icônicos de ensaio ou show, com o processo criativo de Nathan ocupando o centro do palco.
"Army of the Doomstar" pode não ter o mesmo humor característico das primeiras aventuras de Dethklok, mas compensa com uma jornada visualmente rica e brutal. E talvez, em um mundo tão volátil como o de 2023, os metalheads precisem exatamente disso: uma obra majestosa, monumental e digna de um final grandioso.
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