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A REVISTA DAS BEATS

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🎸 Monsters of Rock 1996: O dia em que o Raimundos engoliu o festival

Uma jornada no calor do Pacaembu com King Diamond, Motörhead, Skid Row, Iron Maiden, e o momento em que o Raimundos virou headliner do caos.


Sexta-feira, sol rachando, e nós ali, diante de um palco histórico. O Monsters of Rock 1996 foi mais que um festival — foi um épico de momentos inesquecíveis. Não só pelo line-up pesadíssimo, mas pelas histórias que vivemos, suamos, e lembramos até hoje.


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King Diamond, feijoada e sobretudo embaixo do sol

King Diamond e Mercyful Fate tocaram na sequência, sob um calor escaldante. Rolaram histórias de feijoada pré-show o que piorou o mal-estar - ainda mais tocando de sobretudo embaixo daquele sol. Mas o que ficou foi o peso e o teatro do metal verdadeiro. Até quem torcia o nariz para os falsetes saiu impactado.


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A palheta que cruzou o mundo

Novato: “Foi nesse fim de semana que peguei minha primeira palheta. Dei para uns amigos mas recuperei de um primo e anos depois, troquei com um russo por duas do Rocky George (Suicidal Tendencies). Troquei, mas ainda quero a original de volta.


Halloween: presença de palco salva o set

Novato: “Não sou fã de metal melódico, mas o Halloween me ganhou naquele palco.” Mesmo com a galera reclamando que “tocaram antes do Raimundos”, os caras foram carismáticos, vibrantes, e entregaram um show honesto.


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Raimundos: a avalanche brasileira

Ignorando os metaleiros puristas, o Raimundos entrou com tudo, como se fossem o Slayer brasileiro. A galera foi ao delírio. Rodolfo dominava o palco, hit atrás de hit, e o público inteiro no Pacaembu parecia saber cada verso. Engoliram o festival.


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Biohazard... e o cochilo da vergonha

Glauber: “Sim, dormi o show inteiro do Biohazard. Mistura de cansaço, calor e ignorância juvenil. Me arrependi. Depois fui atrás e vi os caras destruindo em casas pequenas. Mas nesse dia? Apaguei total. Vergonhoso.”

Motörhead no volume máximo

Lemmy apareceu sem barba (!), mas com o volume no talo. O som era tão alto que vibrava no peito. Show inesquecível. Foi o mais alto que já presenciei, sem exagero. A energia era quase sobrenatural.


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Skid Row vaiado: Sebastian Bach contra-ataca

Sebastian Bach começou bem, mas o público metaleiro não perdoou. Vaias, objetos, até xingamento. Ele respondeu à altura, mandou todo mundo “tomar no c*”, bateu microfone e tudo. Foi hostilizado, mas resistiu. E, sejamos honestos: “Slave to the Grind” é mais pesada que muita banda tr00 por aí.


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Iron Maiden com Blaze: não era o Bruce, mas era o Maiden

O encerramento foi do Iron Maiden, já com Blaze Bayley nos vocais. A galera estava dividida, mas ver o Eddie no palco, a bandeira do Brasil nas mãos do Steve Harris, e a roda de pogo rolando... foi único. A gente se divertiu muito, mesmo sabendo que não era o melhor show da banda.


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A sede que virou trauma

Glauber: “A única coisa que lembro com raiva: não achei água. Sério. Até hoje, toda vez que penso em ficar com preguiça de levantar para beber água, lembro do Monsters. Trauma real.”


O Monsters of Rock 1996 foi mais que um festival — foi um marco emocional. Cada história, cada música, cada detalhe ainda pulsa na memória de quem viveu aquele dia. E se você esteve lá, comenta. Conta o que mais te marcou. E se não foi, espero que esse relato tenha te transportado por alguns minutos para aquele chão quente, aquele barulho ensurdecedor e aquele sentimento: “isso aqui é o verdadeiro rock”.



Assista AGORA o episódio completo no canal Lado direito do Palco no youtube:




o Lado direito do Palco é um canal de experiências em shows elaborado por Glauber Magalhães e Antonio Marques (Novato)

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